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Observatório

PUBLICAÇÕES


Entre os dias 08 e 21 de Fevereiro de 2021, as ações de combate ao tráfico de fauna, divulgadas na mídia e por instituições governamentais, indicam que ao menos 2884 animais foram alvo de atividades ilegais. Deste total, 13 eram animais já abatidos e pelo menos 134 vieram a óbito como resultado dos maus tratos durante as atividades criminosas. Foram também apreendidos 2600 Kg de pescado ilegal. No total, foram identificadas ao menos 62 espécies da fauna silvestre nativa, havendo também a apreensão de aves híbridas, resultantes do cruzamento entre diferentes espécies silvestres e cuja criação também é proibida por lei. A grande maioria dos animais é representada por aves, sendo que 401 delas não tiveram suas espécies identificadas.


Neste período, 47 ações de combate ao tráfico de fauna decorreram em 18 estados brasileiros. As ações mobilizaram 73 órgãos governamentais, totalizando R$ 2.200.575,20 em multas emitidas e a autuação de pelo menos 58 infratores.


AUTUANTES NAS APREENSÕES

Órgãos que atuaram em coordenação:


Instituto de Defesa Agropecuária (IDAF) - AC

Polícia Militar Ambiental (PMA) de Cruzeiro do Sul – AC


Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) - AL

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) - AL

Instituto do Meio Ambiente (IMA) – AL


Guarnição da Rondesp Sudoeste - BA

Secretaria da Segurança Pública - BA

Polícia Civil – BA


Polícia Rodoviária Federal (PRF) de São João do Paraíso - BA

Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) - BA

Policia Militar (PM) - BA

GCM de Camacan - BA

Prefeitura de Camacan – BA


9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) - ES

Ministério Público do Espírito Santo (MP) - ES

Auditores Fiscais de Atividades Urbanas de Meio Ambiente de Serra - ES

Guarda Municipal de Serra - ES


7° Batalhão de Bombeiros Militar de Aparecida de Goiânia - GO

Batalhão de Policia Militar Ambiental (BPMA) de Aparecida de Goiânia – GO


Policia Rodoviária Federal (PRF) de Lavras - MG

Polícia Militar do Meio Ambiente de Lavras/MG


Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) - MT

25º Batalhão de Polícia – MT


Guarda Civil Municipal (GCM) de Taquaritinga do Norte - PE

Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (ROCAM) deTaquaritinga do Norte - PE

24º Batalhão de Polícia Ambiental (24º BPM) de Taquaritinga do Norte - PE


Secretaria de Defesa dos Animais da Prefeitura do Rio (SMPDA) - RJ

Secretaria Municipal de Proteção - RJ

Comando de Polícia Ambiental (CPAm) da Polícia Militar – RJ


Polícia Civil de Senador Camará - RJ

Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) de Senador Camará - RJ

Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) de Senador Camará - RJ

Departamento Geral de Polícia Especializada de Senador Camará - RJ

Coordenadoria de Recursos Especiais de Senador Camará - RJ


34º Batalhão de Polícia Militar (34º BPM) de Magé - RJ

Prefeitura de Magé - RJ

Instituto Estadual do Ambiente (Inea) - RJ

Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela - RJ

Reserva Biológica Estadual de Araras - RJ

APA Estadual do Alto Iguaçu - RJ

Superintendência Regional Piabanha (SUPPIB) – RJ


1ª Companhia de Polícia Militar Ambiental (CPMA) de Guarujá - SP

21º Batalhão da Polícia Militar do Interior – SP


Órgãos que atuaram de forma independente:


Polícia Militar (PA) de Conselheiro Lafaiete – MG

6° Unidade de Policiamento Ambiental (UPam) de Maricá – RJ

Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Patos de Minas – MG

Polícia Ambiental de Barra Mansa – RJ

Polícia Militar do Meio Ambiente (PMMA) de Araguari – MG

Polícia Rodoviária Federal no Piauí (PRF) – PI

Polícia Militar Ambiental (PMA) de Campinas – SP

Polícia Civil do Maranhão - Delegacia de Polícia Civil de Santa Helena – MA

Pelotão de Meio Ambiente (PMA) de Piranga – MG

Comando de Policiamento Ambiental (CPAmb) – AM

5ª Companhia do 1º Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) de Itaquaquecetuba – SP

Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) de Vitória – ES

Polícia Militar do Meio Ambiente (PMMA) de Juiz de Fora – MG

Grupamento Ambiental da Guarda Municipal (GAGM) de Volta Redonda – RJ

Polícia Militar Ambiental (PMA) de Piquete – SP

Polícia Militar Ambiental (PMA) – SP

Polícia Militar Ambiental (PMA) de Lorena – SP

Polícia Civil (PC) de Diadema – SP

Pelotão Ambiental da Polícia Militar de Lagarto - SE

2ª Companhia de Polícia Ambiental (2ª CPAmb) de Massaranduba – PB

4ª Companhia do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (4ª BPMA) de Jerônimo Monteiro – ES

Polícia Militar Ambiental(PMA) de Cachoeira Paulista – SP

Polícia Militar (PM) de Brusque – SC

Polícia Militar Ambiental (PMA) de Adolfo – SP

Polícia Rodoviária Federal (PRF) – BA

Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Sertânia – PE

Polícia Militar Ambiental (PMA) – PR

Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Porto Velho – RO

Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA) de Lajinha - MG


Para ver as notícias sobre o tráfico de fauna, divulgadas neste período, clique aqui


Os dados recolhidos pelo Observatório do Tráfico são das ações que foram noticiadas pela mídia e/ou pelos sites oficiais das instituições que realizaram as autuações. Como muitas notícias não informam a quantidade de animais apreendida por cada espécie, nossa estratégia de análise dos dados é conservadora e consideramos o número mínimo de animais e espécies envolvidas nas ações reportadas. É importante ressaltar que muitos animais comercializados ilegalmente não são detectados e apreendidos. Além disso, nem todas as ações de combate ao tráfico de fauna são noticiadas e, portanto, acabam não sendo incluídas na compilação do Observatório.


O Observatório do Tráfico é uma iniciativa que integra o Projeto InfoTrafi da Freeland Brasil..


Conceito e Coordenação | Nadia Moraes-Barros

| Juliana Machado Ferreira

Base de Dados | Railane Abreu

Edição, Website e Mídias Sociais | Jana Monteiro

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A Dra Juliana Machado Ferreira concedeu entrevista para o Jornal Eletrônico da Yale School of the Environment, o Yale Enviroment 360 - Yale E360 na reportagem "Um comércio ilícito no Brasil está enviando pequenos pássaros canoros para suas mortes." por Jill Langlois.


O artigo fala sobre o tráfico de pássaros silvestres da espécie canário da terra para serem usados em brutais rinhas. Ilegal e violenta, as rinhas levam os passarinhos ao sofrimento e à morte. As lutas são provocadas com os pássaros dentro de gaiolas, sem possibilidade de fugo, como ocorreria na natureza. Os rinheiros ainda afiam os bicos das aves e podem inclusive colocar ganchos de metal em uma das pernas dos pequenos animais.


“Vimos apreensões de subespécies de outros países e depois soltas em uma unidade de conservação no Brasil”, diz Ferreira. “Os descendentes de cruzamentos entre as espécies locais e as espécies invasoras são maiores, dando-lhes uma vantagem competitiva sobre as espécies locais.” - Juliana Machado Ferreira Mestre e Doutora em Biologia (Genética) e Diretora Executiva da Freeland Brasil.

No Brasil os canários da terra são retirados de diversos estados brasileiros e vendidos em grandes centros como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, animais de subespécies canários da terra de outros locais da América do Sul estão sendo vendidos no Brasil. Canário da Terra é a espécie mais apreendida no Brasil, segundo os dados do Ibama. No Brasil, os animais apreendidos do tráfico passam por centros de reabilitação antes de serem devolvido à natureza, mas as diretrizes de soltura segura de espécies silvestres nem sempre são seguidas e muitas vezes híbridos (descendentes de cruzamentos entre as espécies locais e as espécies invasoras) acabam sendo introduzidos na natureza.



A Freeland Brasil é uma organização brasileira, sem fins lucrativos, cuja missão é a conservação da biodiversidade através do combate ao tráfico de espécies silvestres. A Freeland Brasil trabalha por um mundo sustentável e livre do tráfico de espécies silvestres. Nossa missão é a conservação da biodiversidade através do combate ao tráfico de espécies silvestres, usando uma abordagem de três pilares interdependentes: educação, capacitação e política.

A Freeland Brasil, fundada em 2012, é o braço sul-Americano da Freeland Global (freeland.org), uma respeitada organização internacional de combate ao tráfico de espécies silvestres e de pessoas. A Freeland Global trabalha com governos para proteger comunidades humanas e vida silvestre vulneráveis do crime organizado e da corrupção.




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Juliana M Ferreira concedeu entrevista para o programa Caminhos da Reportagem na reportagem "Tráfico de animais, um rastro de violência" por Amanda Cieglinski


Juliana falou sobre os impactos do Tráfico de Animais Silvestres.


O Brasil é considerado o país mais mega-diverso do planeta, e esta mega-biodiversidade nos faz vítima também de quem quer explorar toda essa riqueza para o tráfico e comércio ilegal.


Hoje os animais retirados ilegalmente da natureza alimentam tanto o mercado ilegal, tanto quanto eles vazam para o mercado legal através de esquentamento, eles recebem documento como se eles tivessem sido criados em cativeiro. - Juliana M Ferreira Diretora da Freeland Brasil

"O impacto mais óbvio é o grande sofrimento animal, pois este animais passam por métodos de coleta e transporte muito violentos." Juliana Machado Ferreira – Diretora da Freeland Brasil

O relatório da Traffic, o qual Juliana M Ferreira é co autora com Sandra Charity descreve que as aves compõe mais de 80% dos todos os animais silvestres traficados no Brasil. As aves vem principalmente da região do nordeste do Brasil e da região centro-oeste e os estados que mais recebem estes animais traficados são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais.


"Não podemos cair na desculpa de porque que não tem muitos dados então não precisamos priorizar e mostrar que o tráfico de animais silvestres é relevante. A gente não detecta muito e não tem dado para mostrar que é relevante, então não tem priorização. Sem priorização a gente não detecta muito e não tem dado para provar que é relevante." Juliana Machado Ferreira – Diretora da Freeland Brasil


A Freeland Brasil é uma organização brasileira, sem fins lucrativos, cuja missão é a conservação da biodiversidade através do combate ao tráfico de espécies silvestres. A Freeland Brasil trabalha por um mundo sustentável e livre do tráfico de espécies silvestres. Nossa missão é a conservação da biodiversidade através do combate ao tráfico de espécies silvestres, usando uma abordagem de três pilares interdependentes: educação, capacitação e política.


A Freeland Brasil, fundada em 2012, é o braço sul-Americano da Freeland Global (freeland.org), uma respeitada organização internacional de combate ao tráfico de espécies silvestres e de pessoas. A Freeland Global trabalha com governos para proteger comunidades humanas e vida silvestre vulneráveis do crime organizado e da corrupção.

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